Moscovo fustiga<br>terroristas sírios

Os bombardeamentos russos contra grupos extremistas sírios são decisivos para o Médio Oriente e as sua «hipóteses de êxito são grandes», considera Bashar al-Assad. O presidente da Síria, que requereu a intervenção de Moscovo, iniciada fez ontem uma semana, defende ainda que se os países ocidentais «se juntarem de forma séria e sincera à luta contra os terroristas, pelo menos deixando de os apoiar, obteremos resultados muito mais rapidamente».

Numa semana, os ataques aéreos atingiram dezenas de zonas controladas pelo auto-proclamado Estado Islâmico (EI) e por outras facções de mercenários. O Kremelin tem apresentado os resultados da intervenção, concentrados nas províncias de Hama e Idleb – esta última na fronteira com a Turquia e por onde os jihadistas faziam circular homens, munições e víveres com grande fluidez –, e na província de al-Raqa, onde o EI instalou a capital do denominado califado islâmico. Sábado, 3, o Ministério da Defesa russo falou mesmo numa debandada do EI e disse que atingiu mais de 50 posições daquele grupo.

Sexta-feira, 2, o presidente norte-americano acusou as forças russas e sírias de «não distinguirem entre o EI e a oposição moderada». Um dia depois, a Grã-Bretanha lamentou os ataques contra os batalhões da «Síria Livre» e calculou que somente um em cada 20 bombardeamentos sírio-russos sejam contra o EI. Sublinhe-se que Londres, Paris, Washington e Bruxelas sempre se furtaram a fazer uma estimativa semelhante desde que em Agosto de 2014 o presidente Barack Obama ordenou bombardeamentos contra o EI no Iraque e na Síria.

As potências ocidentais que durante meses não lograram fazer retroceder de forma significativa o EI, fazem alarde, também, com as queixas da Turquia sobre uma alegada invasão do seu espaço aéreo por aviões russos.

 



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